Vol. 22 n. 3 - dossiê Semiótica e tecnologia - call for papers

Vol. 22 n. 3 - Dossiê temático "Semiótica e tecnologia: perspectivas e desafios"

Chamada de trabalhos / Appel à contributions / Call for papers – vol. 22, n. 3 (dezembro 2026)

[Français ci-dessous]

Dossiê temático organizado por
Daniervelin Pereira (UFMG, Belo Horizonte)
Letícia Moraes (UFPB, João Pessoa)
Ludovic Chatenet (Université Bordeaux Montaigne, Bordeaux)

A Revista Estudos Semióticos convida os pesquisadores a submeterem propostas de artigos para o dossiê temático "Semiótica e tecnologia: perspectivas e desafios", que será publicado na edição 22(3), em dezembro de 2026.

Ao longo dos anos, diferentes avanços tecnológicos alteraram o curso da história da humanidade, influenciando a maneira como as pessoas se comunicam e interagem com o mundo à sua volta. A máquina a vapor, a título de exemplo, impulsionou a Revolução Industrial no século XIX, trazendo profundas mudanças sociais e econômicas. No século seguinte, o rádio, a televisão e, posteriormente, o computador e a internet permitiram o surgimento de novas linguagens midiáticas, transformando os processos de significação em curso; já as primeiras décadas deste século presenciaram o florescer dos modelos de IA e o exponencial uso de dados (big data) e algoritmos no cotidiano, ao que diversos especialistas têm denominado “a era da inteligência artificial” (Lee, 2019; Schmidt; Huttenlocher; Kissinger, 2023). Essas transformações, cada qual ao seu modo, conduziram novos processos de significação, reverberando em nossas práticas e formas de vida (Fontanille, 2008; 2015), uma vez que a questão não deve ser entendida apenas como tecnológica, mas como forma de vida da sociedade contemporânea (Teixeira, 2020). Seus impactos podem ser percebidos nas mais diversas esferas de atuação: na educação, na política, no entretenimento, na comunicação, na mídia, entre outras, além de suscitar práticas interdisciplinares (Matte; Pereira; Mendes, 2014).

Pode-se considerar que uma semiótica das tecnologias digitais constituiu-se, progressivamente, como um campo de pesquisa autônomo. Dentre as abordagens, destacam-se as reflexões de Jean-François Bordron (2006), que concebe as máquinas como dispositivos de mediação e produção de sentido, para os quais propôs uma tipologia. Um outro exemplo é a revista Interfaces numériques, dirigida por Nicole Pignier (Universidade de Limoges), que, desde 2012, situa as tecnologias contemporâneas no centro da análise semiótica, interrogando seus modos de interação e mediação, bem como as transformações que operam sobre as práticas sociais e culturais. Nessas perspectivas, os números sucessivos da revista estudaram tanto os hardwares quanto as aplicações (computadores, tablets, smartphones, internet, redes sociais), com o objetivo de evidenciar como as tecnologias articulam modos de pensar e modos de agir, imaginários e práticas — seja na produção e criação de imagens e textos, seja na renovação das dinâmicas de colaboração e práticas pedagógicas.

Após os trabalhos pioneiros de François Jost (1999) sobre a televisão, a semiótica das tecnologias digitais foi enriquecida por estudos sobre as noções de mídia, medialidade e intermedialidade (Jeanneret, 1999; Jeanneret e Souchier, 2005; Badir, 2007). Em um primeiro momento, esses estudos revelaram como as tecnologias colocam em questão o estatuto das práticas e produções semióticas, determinando a emergência de novos gêneros textuais e visuais, assim como sua inscrição em regimes de veridicção, autoridade, legitimidade, e em estatutos específicos (como os da ciência, religião, política...). Em um segundo momento, ao conceberem as tecnologias como dispositivos enunciativos, tais abordagens passam a considerá-las como interfaces entre enunciados, objetos e práticas, modelando a maneira como participam das competências dos sujeitos — ampliando ou reduzindo seus poderes perceptivos, corporais, cognitivos ou sociais.

Considerando os efeitos de reconfiguração das práticas enunciativas e dos regimes de sentido produzidos pela popularização do uso de tecnologias no cotidiano, o presente dossiê propõe-se a refletir sobre modos de geração e circulação do sentido em práticas mediadas tecnicamente e como a semiótica pode ajudar a compreendê-los. Interessa-nos investigar como essas mediações – particularmente em plataformas digitais – engendram novos regimes discursivos, nos quais a enunciação se dá sob linguagens sincréticas, formas híbridas e tensionadas, simultaneamente marcadas por categorias aparentemente antagônicas: proximidade e distância, informal e formal, incompletude e completude, subjetividade e objetividade (Barros, 2015). Além disso, convidamos os(as) pesquisadores(as) a refletirem criticamente sobre os recentes desenvolvimentos da Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias, seus impactos em nosso dia a dia, suas contribuições e limitações.

Mais recentemente, os estudos na interface entre IA e semiótica têm sido impulsionados pela Escola de Turim e pelo Séminaire International de Sémiotique à Paris, co-dirigido por Maria Giulia Dondero e Juan Alonso, o que levou a disciplina a investir na análise dos processos de produção de sentido mediados por IAs generativas nos domínios do texto escrito, da conversação e dos artefatos visuais, discutindo tanto os efeitos de verossimilhança/realidade quanto as transformações das práticas socioinformacionais e culturais (Leone, 2024; D’Armenio, Deliège, Dondero, 2024). A atenção dedicada a essas novas tecnologias na Europa e no Brasil acompanha o desenvolvimento de pesquisas sobre os chamados “mundos digitais”, a realidade virtual, a realidade aumentada e os jogos eletrônicos, a dataficação das práticas sociais e o big data, visando compreender como as tecnologias constituem novos suportes de experiências e de relações sociais, ainda que plenamente reais (Marino, 2022; Giuliana, 2024; Chatenet e Giuliana, 2025; Thibault, 2020; Moraes, 2024).

O volume 22 (3) da revista Estudos Semióticos buscará inscrever-se nesse campo de pesquisa ao interrogar de que maneira as novas tecnologias modificam o sentido de nossas práticas cotidianas. Como as interfaces de software, maquínicas e algorítmicas, especialmente a IA generativa, transformam nossa relação com o sentido e, em contrapartida, como a semiótica pode contribuir para repensar seus modelos excessivamente enviesados?

Nesse contexto, o número 22 (3) da revista Estudos Semióticos receberá artigos que girem em torno dos seguintes eixos de reflexão:

  • Descrição e análise dos discursos produzidos na internet;

  • O impacto do digital no campo das linguagens;

  • Multimodalidade e sincretismo de linguagens no ciberespaço;

  • Os sentidos gerados pelo uso das tecnologias na aprendizagem e na pedagogia;

  • Desafios sociais, políticos, culturais e tecnológicos no enfrentamento dos sistemas de desinformação no contexto digital;

  • Descrição e análise das inteligências artificiais generativas, seus impactos na vida humana e objetos semióticos produzidos;

  • Análise e contraposição das práticas e dos objetos semióticos gerados e circulantes nas diferentes redes sociais (ou mídias): Instagram, TikTok, Facebook, Youtube, etc;

  • Consequências do uso de algoritmos nas diversas práticas sociais;

  • A maneira como o estudo de certos dispositivos tecnológicos conduziu a semiótica a fazer evoluir seu aparato teórico e/ou metodológico.

Referências

BADIR, Sémir. La sémiotique aux prises avec les médias. Semen, v. 23, 2007. Disponível em: https://journals.openedition.org/semen/4951. Acesso em: 30 jun. 2025.

BARROS, Diana Luz Pessoa de. A complexidade discursiva na internet. CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v. 13, n. 2, p. 13–31, 2015. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/8028. Acesso em: 22 maio 2025.

BORDRON, Jean-François. Vers une sémiotique des machines, Nouveaux Actes Sémiotiques, n° 109, 2006.

D’ARMENIO, Enzo; DELIÈGE, Adrien; DONDERO, Maria Giulia. Semiotics of Machinic Co-Enunciation: About Generative Models (Midjourney and DALL·E). Signata, v. 15, 2024. Disponível em: https://journals.openedition.org/signata/5290. Acesso em: 30 jun. 2025.

FONTANILLE, Jacques. Pratiques sémiotiques. Paris: PUF, 2008.

FONTANILLE, Jacques. Formes de vie. Liège : PULg, 2015.

GIULIANA, Gianmarco. Il videogioco come linguaggio della realtà. Introduzione a una nuova prospettiva semiotica. Volume 1,  Saggi di Lexia 57, Aracne, 2024.

JEANNERET, Yves. La page à l’écran, entre filiations et filières. Visible, n. 3, 2023. Disponível em: https://www.unilim.fr/visible/225. Acesso em: 30 jun. 2025.

JEANNERET, Yves; SOUCHIER, Emmanuël. L’énonciation éditoriale dans les écrits d’écran. Communication & Langages, v. 145, n. 1, p. 3–15, 2005. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/colan_0336-1500_2005_num_145_1_3351. Acesso em: 30 jun. 2025.

JOST, François. Introduction à l’analyse de la télévision, Paris, Ellipses, 1999.

MORAES, Letícia. O que pode o (a) semioticista na era da inteligência artificial? - Semiótica, big data e racismo algorítmico. In: Portela, J. et al.  (Org.). Identidade, experiência e discurso: semiótica e crítica da cultura. 1ed. Campinas,  SP: Pontes editores, 2024, v. 1, p.139-16.

LEE, Kay-Fu. Inteligência artificial. Como os robôs estão mudando o mundo, a forma como amamos, os relacionamos, trabalhamos e vivemos. Rio de Janeiro: Globo, 2019.

LEONE, Massimo. The future in the face: From physiognomy to artificial intelligence. MATRIZes, São Paulo, V.18 - Nº 3, p. 55-83,  set/dez.  2024. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v18i3p55-83

SCHMIDT, Eric; HUTTENLOCHER, Daniel; KISSINGER, Henry A. A era da IA: e nosso futuro como humanos. 1 ed. Rio de Janeiro: Alta Cult, 2023.

MATTE, Ana Cristina Fricke; PEREIRA, Daniervelin Renata Marques; MENDES, Conrado Moreira. Semiótica e tecnologia: algumas experiências interdisciplinares. Texto Livre, Belo Horizonte-MG, v. 7, n. 1, p. 171–176, 2014. DOI: 10.17851/1983-3652.7.1.171-176. Acesso em: 25 jun. 2025.

TEIXEIRA, Lucia. Contribuições da semiótica para a análise dos discursos na internet. Entrepalavras, Fortaleza, v. 10, n. esp., p. 27-39, mai. 2020. DOI: 10.22168/2237-6321-7esp1801

THIBAULT, Mattia. Ludosemiotica. Il gioco tra segni, testi, pratiche e discorsi, Saggi di Lexia 37, Aracne, 2020.

Informações práticas

Datas importantes:

  • Submissão das propostas (uma página): 01/outubro/2025 a 30/novembro/2025. Enviar cópia para ambos os e-mails: daniervelin@gmail.com e lesemiotica@gmail.com. Assunto: Dossier Semiótica e Tecnologia - proposta artigo.
  • Resposta sobre as propostas recebidas: 20/dezembro/2025.
  • Período de submissão, pela plataforma OJS da revista, dos artigos full-text com proposta aceita: 01/abril a 31/maio/2026. Link para o envio: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Publicação programada Estudos Semióticos 22(3): dezembro/2026.

Detalhes sobre a redação e a formatação dos artigos:

  • Línguas aceitas: português, francês, inglês, italiano, espanhol.
  • Os resumos deverão ser redigidos em inglês + outra língua de acordo com aquelas aceitas.
  • Os artigos submetidos deverão conter de 25.000 a 50.000 caracteres (espaços incluídos).
  • Verificar as normas de formatação da revista.

 

[Français]

Dossier thématique  « Sémiotique et technologie : perspectives et défis »

Rédacteurs invités :
Daniervelin Pereira (UFMG, Belo Horizonte)
Letícia Moraes (UFPB, João Pessoa)
Ludovic Chatenet (Université Bordeaux Montaigne, Bordeaux)

La revue Estudos Semióticos invite les chercheurs à soumettre des propositions d'articles pour le dossier thématique « Sémiotique et technologie : perspectives et défis », qui sera publié dans son numéro 22(3) en décembre 2026.

Au fil des ans, différentes avancées technologiques ont changé le cours de l'histoire humaine, influençant la manière dont les individus communiquent et interagissent avec le monde qui les entoure. La machine à vapeur, par exemple, a été le moteur de la révolution industrielle au XIXe siècle, entraînant de profonds changements sociaux et économiques. Au siècle suivant, la radio, la télévision, puis l'informatique et Internet ont permis l'émergence de nouveaux langages médiatiques, transformant ainsi les processus de signification en cours. Les premières décennies de ce siècle ont vu l'essor des modèles d'IA et l'utilisation exponentielle des données (big data) et des algorithmes dans la vie quotidienne, ce que plusieurs experts ont appelé « l'ère de l'intelligence artificielle » (Lee, 2019 ; Schmidt ; Huttenlocher ; Kissinger, 2023). Ces transformations, chacune à leur manière, ont donné naissance à de nouveaux processus de signification, qui se répercutent sur nos pratiques et nos modes de vie (Fontanille, 2008 ; 2015), car la question ne doit pas être appréhendée uniquement comme technologique, mais comme un mode de vie dans la société contemporaine (Teixeira, 2020). Les impacts peuvent être perçus dans les sphères d’activité les plus diverses : dans l’éducation, la politique, le divertissement, la communication, les médias, entre autres, en plus de donner lieu à des pratiques interdisciplinaires (Matte, Pereira, Mendes, 2014).

On peut considérer qu’une sémiotique des technologies numériques s'est progressivement constituée comme un champ de recherche à part entière. Parmi les approches, on notera les réflexions de Jean-François Bordron (2006) considérant les machines comme des dispositifs de médiation et production du sens dont il a proposé une typologie. Un autre exemple est la revue Interfaces numériques, dirigée par Nicole Pignier (Université de Limoges), qui depuis 2012 place les technologies contemporaines au cœur de l'analyse sémiotique en interrogeant leurs modes d'interaction et de médiation ainsi que les transformations qu'elles opèrent sur nos pratiques sociales et culturelles. Dans ces perspectives, les numéros successifs ont aussi bien étudié les hardwares que les applications (ordinateurs, tablettes, smartphone, internet, réseaux sociaux) pour mettre en évidence comment les technologies articulent des modes de penser et des modes d’agir, des imaginaires et des pratiques, que ce soit de la production ou création d’images et de textes, au renouvellement de relations pour la collaboration et la pédagogie.

Après les travaux pionniers de François Jost (1999) sur la télévision, la sémiotique des technologies numériques s’est enrichie de travaux sur les notions de média, médialité et intermédialité (Jeanneret, 1999; Jeanneret et Souchier, 2005; Badir, 2007). D’abord, ils ont révélé comment les technologies questionnent le statut des pratiques et productions sémiotiques, déterminant l'émergence de nouveaux genres textuels et visuels ainsi que leur inscription dans des régimes de véridiction et d'autorité et de légitimité, et des statuts (science, religion, politique…) spécifiques. Ensuite, en concevant les technologies comme dispositifs énonciatifs, la sémiotique les envisage comme des interfaces entre les énoncés, les objets et les pratiques en modélisant la manière dont ils participent des compétences des sujets en augmentant ou diminuant ses pouvoirs perceptifs, corporels, cognitifs ou sociaux.

Considérant les effets de la reconfiguration des pratiques énonciatives et les régimes de sens produits par la popularisation de l'usage des technologies dans la vie quotidienne, ce dossier propose de réfléchir aux modes de génération et de circulation du sens dans les pratiques médiatisées par la technique et à la manière dont la sémiotique peut aider à les comprendre. Nous nous intéressons à la manière dont ces médiations – notamment sur les plateformes numériques – engendrent de nouveaux régimes discursifs, dans lesquels l'énonciation s'opère sous des langages syncrétiques, des formes hybrides et tendues, marquées simultanément par des catégories apparemment antagonistes : proximité et distance, informel et formel, incomplétude et complétude, subjectivité et objectivité (Barros, 2015). De plus, nous invitons les chercheurs à réfléchir de manière critique aux développements récents de l'intelligence artificielle et des autres technologies, à leurs impacts sur notre quotidien, à leurs apports et à leurs limites.

Plus récemment, les études à l’interface entre l’IA et la sémiotique ont été impulsées par l’École de Turin et par le Séminaire International de Sémiotique à Paris, co-dirigé par Maria Giulia Dondero et Juan Alonso, qui ont conduit la sémiotique à investir les processus de production du sens par les IA génératives dans les domaines du texte écrit, de la conversation, des artefacts visuels, discutant autant les effets de vraisemblance/de réalité que les transformations des pratiques socio-informationnelles et culturelles (Leone, 2024; D’Armenio, Deliège, Dondero, 2024). L’attention portée à ces nouvelles technologies en Europe et au Brésil accompagne le développement des travaux sur les “mondes numériques”, la réalité virtuelle, la réalité augmentée et les jeux vidéo, la datification des pratiques sociales et les big data, visant notamment à comprendre comment les technologies constituent de nouveaux supports d’expériences et de relations sociales malgré tout bien réelles (Marino 2022, Giuliana 2024, Chatenet et Giuliana 2025, Thibault 2020, Moraes 2024).

Le numéro 22 (3) de la revue Estudos Semióticos cherchera à s’inscrire dans ce contexte de recherche en interrogeant comment les nouvelles technologies modifient le sens de nos pratiques quotidiennes. Comment les interfaces logicielles, machiniques et algorithmiques, notamment l’IA, transforment notre rapport au sens et, en retour, comment la sémiotique peut contribuer à repenser ses modèles trop biaisés ?

Le numéro accueillera des articles s'articulant autour des axes de réflexion suivants :

  • Description et analyse des discours produits sur Internet ;

  • L'impact du numérique sur le domaine des langages ;

  • Multimodalité et syncrétisme des langages dans le cyberespace ;

  • Les significations générées par l'usage des technologies pour l'apprentissage et la pédagogie ;

  • Les défis sociaux, politiques, culturels et technologiques face aux systèmes de désinformation dans le contexte numérique ;

  • Description et analyse de l'intelligence artificielle générative, de ses impacts sur la vie humaine et des objets sémiotiques produits ;

  • Analyse et comparaison des pratiques et objets sémiotiques générés et circulant sur différents réseaux sociaux (ou médias) : Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, etc. ;

  • Conséquences de l'utilisation des algorithmes sur différentes pratiques sociales ;

  • La manière dont l’étude de certains dispositifs technologiques ont conduit la sémiotique à faire évoluer son appareil théorique et/ou méthodologique. .

Références

BADIR, Sémir. La sémiotique aux prises avec les médias. Semen, v. 23, 2007. Disponível em: https://journals.openedition.org/semen/4951. Acesso em: 30 jun. 2025.

BARROS, Diana Luz Pessoa de. A complexidade discursiva na internet. CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v. 13, n. 2, p. 13–31, 2015. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/8028. Acesso em: 22 maio 2025.

BORDRON, Jean-François. Vers une sémiotique des machines, Nouveaux Actes Sémiotiques, n° 109, 2006.

D’ARMENIO, Enzo; DELIÈGE, Adrien; DONDERO, Maria Giulia. Semiotics of Machinic Co-Enunciation: About Generative Models (Midjourney and DALL·E). Signata, v. 15, 2024. Disponível em: https://journals.openedition.org/signata/5290. Acesso em: 30 jun. 2025.

FONTANILLE, Jacques. Pratiques sémiotiques. Paris: PUF, 2008.

FONTANILLE, Jacques. Formes de vie. Liège : PULg, 2015.

GIULIANA, Gianmarco. Il videogioco come linguaggio della realtà. Introduzione a una nuova prospettiva semiotica. Volume 1,  Saggi di Lexia 57, Aracne, 2024.

JEANNERET, Yves. La page à l’écran, entre filiations et filières. Visible, n. 3, 2023. Disponível em: https://www.unilim.fr/visible/225. Acesso em: 30 jun. 2025.

JEANNERET, Yves; SOUCHIER, Emmanuël. L’énonciation éditoriale dans les écrits d’écran. Communication & Langages, v. 145, n. 1, p. 3–15, 2005. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/colan_0336-1500_2005_num_145_1_3351. Acesso em: 30 jun. 2025.

JOST, François. Introduction à l’analyse de la télévision, Paris, Ellipses, 1999.

MORAES, Letícia. O que pode o (a) semioticista na era da inteligência artificial? - Semiótica, big data e racismo algorítmico. In: Portela, J. et al.  (Org.). Identidade, experiência e discurso: semiótica e crítica da cultura. 1ed. Campinas,  SP: Pontes editores, 2024, v. 1, p.139-16.

LEE, Kay-Fu. Inteligência artificial. Como os robôs estão mudando o mundo, a forma como amamos, os relacionamos, trabalhamos e vivemos. Rio de Janeiro: Globo, 2019.

LEONE, Massimo. The future in the face: From physiognomy to artificial intelligence. MATRIZes, São Paulo, V.18 - Nº 3, p. 55-83,  set/dez.  2024. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v18i3p55-83

SCHMIDT, Eric; HUTTENLOCHER, Daniel; KISSINGER, Henry A. A era da IA: e nosso futuro como humanos. 1 ed. Rio de Janeiro: Alta Cult, 2023.

MATTE, Ana Cristina Fricke; PEREIRA, Daniervelin Renata Marques; MENDES, Conrado Moreira. Semiótica e tecnologia: algumas experiências interdisciplinares. Texto Livre, Belo Horizonte-MG, v. 7, n. 1, p. 171–176, 2014. DOI: 10.17851/1983-3652.7.1.171-176. Acesso em: 25 jun. 2025.

TEIXEIRA, Lucia. Contribuições da semiótica para a análise dos discursos na internet. Entrepalavras, Fortaleza, v. 10, n. esp., p. 27-39, mai. 2020. DOI: 10.22168/2237-6321-7esp1801

THIBAULT, Mattia. Ludosemiotica. Il gioco tra segni, testi, pratiche e discorsi, Saggi di Lexia 37, Aracne, 2020.

Renseignements pratiques

Dates importantes :

  • Dépôt des propositions (une page) : du 01/10/2025 au 30/11/2025. Envoyer à : daniervelin@gmail.com et lesemiotica@gmail.com. Sujet : Dossier Sémiotique et Technologie - proposition d'article.
  • Réponse aux propositions reçues : 20/12/2025.
  • Dépôt des articles complets dont les propositions auront été approuvées : du 01/04 au 31/05/2026 . La remise doit se faire sur : https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Publication en ligne prévue, vol. 22, n. 3 : décembre 2026.

Normes éditoriales :

  • Langues de travail : portugais, français, anglais, italien, espagnol.
  • L'Abstract doit être composé en anglais + une langue choisie parmi celles acceptées.
  • Les articles soumis à la revue doivent compter de 25.000 à 50.000 caractères, espaces compris.
  • Prière d'observer les directives aux auteurs de la revue.